Consórcio promove novas práticas na pesca para reduzir o sofrimento de peixes

Duas instituições portuguesas integram o projeto, que deverá ser introduzido na prática a partir de 2025

O projeto português que analisou o impacto dos diferentes modos de pesca nos peixes e propor novas medidas para diminuir o sofrimento no ato da captura, foi finalizado pelo consórcio internacional Carefish/catch, do qual fazem parte as entidades Centro de Ciências do Mar da Universidade do Algarve (CCMAR) e Fish Ethology and Welfare Group (FEWG).

O CCMAR está já levando essas práticas para o mar, em parceria com pescadores de Portugal, para testar vários métodos, materiais e equipamentos. As pessoas que compõem a iniciativa vão avaliar qual impacto a pesca tem no bem-estar animal dos peixes e definir os pontos com maior potencial de reduzir o sofrimento para diferentes espécies.

“Estamos cientes de que cada arte de pesca tem as suas características, que um cerco é completamente diferente de um arrasto e que uma sardinha não é igual a um sargo. É exatamente para responder a essas diferenças entre artes e entre espécies que estamos a trabalhar”, explica João Saraiva, coordenador do FEWG.

A partir de 2025, entrará em vigor os requerimentos de boas práticas de bem-estar na certificação FOS (Friend of the Sea). Além disso, ficará disponível para as empresas e organizações, várias soluções caso queiram avançar para melhores práticas de bem-estar na atividade pesqueira.